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O Sol & Sal não perde a oportunidade de reverenciar os astros, as estrelas e a beleza dos céus. E hoje venho com um tema bastante interessante: Você vai aprender a distinguir as estrelas dos planetas e satélites no céu noturno. Creio que seja uma tarefa complexa para quem não tenha o conhecimento necessário, mas agora você vai aprender comigo como diferenciar cada um deles.


DICA DE OURO:

Se você costuma aproveitar noites de céu limpo para observar os astros, já deve ter se perguntado se algum dos pontos que brilhavam na escuridão eram, de fato, estrelas ou se, talvez, seriam algum dos planetas do Sistema Solar.

Se ele parece cintilar, é provável que o objeto seja uma estrela; caso contrário, você possivelmente está observando um planeta. Já os satélites artificiais podem ser identificados por se moverem rapidamente no céu, quando observados em relação às estrelas distantes de fundo.


Diferenciar as estrelas, planetas e satélites pode não ser fácil em um primeiro momento, mas algumas dicas simples podem te ajudar a identificá-los.

Planetas

Tanto os planetas quanto as estrelas se parecem com pontos luminosos no céu. Por isso, um dos jeitos mais simples de diferenciá-los é verificar se o ponto luminoso em questão tem brilho estável, sem piscar. 

 Vênus e Lua registrados em março de 2020 (Imagem: Reprodução/Martin Campbell)

      
Se sim, provavelmente se trata de um planeta. Essa diferença ocorre porque a turbulência atmosférica faz com que as estrelas pareçam cintilar, característica que não é visto nos planetas.

Dito isso, é importante ter em mente que, dentre os planetas do Sistema Solar, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno são os mais brilhantes no nosso céu e os únicos observáveis sem telescópios. Embora eles estejam visíveis regularmente, não há momentos no ano que sejam ideais para observar algum deles em específico.


É que, como a Terra e os demais planetas orbitam o Sol com diferentes velocidades, a combinação destes movimentos significa que podemos observá-los no céu em diferentes momentos do ano. 

Quando são vistos da Terra, o Sol, a Lua e nossos vizinhos parecem se mover acompanhando a eclíptica, o nome dado ao caminho aparente do Sol em relação às estrelas (apesar de ser a Terra quem viaja ao redor do Sol, nosso movimento orbital faz com que nosso astro pareça estar se movendo em relação às estrelas no fundo).

Assim, embora aparentem seguir a direção do Sol, às vezes os planetas parecem subir, descer e até inverter suas direções. Mercúrio e Vênus, por exemplo, orbitam o Sol mais rápido que a Terra; por isso, é possível que, em alguns momentos, vejamos eles seguindo a direção da nossa estrela, mas depois, eles parecem seguir uma trajetória oposta

Marte, Júpiter, Saturno e outros, mais distantes do Sol, também parecem inverter a direção de seus movimentos.

Júpiter e Saturno durante uma conjunção (Imagem: Reprodução/Alireza Vafa)


Por fim, a cor do astro em questão também ajuda na diferenciação. Considere Vênus, planeta com brilho esbranquiçado bastante intenso que aparece logo após o pôr ou nascer do Sol, perto do horizonte. 

Marte tem cor alaranjada, enquanto Júpiter e Saturno são amarelados — para conseguir diferenciá-los, tenha em mente que Júpiter é mais brilhante que Saturno.

Estrelas

Quando você vê pontos luminosos no céu parecendo cintilar, é provável que esteja observando estrelas. O brilho delas parece piscar porque, até alcançar nossos olhos, a luz das estrelas precisa atravessar turbulentos "bolsões" de ar na atmosfera da Terra, com diferentes temperaturas e densidades.

Dependendo da turbulência, pode até acontecer de alguma estrela parecer mudar de posição, devido à refração da luz.

Outra forma de diferenciá-las dos demais astros é analisando o movimento delas em períodos mais longos. Se acompanhá-las durante poucos minutos, você provavelmente não perceberá grandes mudanças; contudo, se fosse possível aumentar a velocidade da passagem do tempo, como se estivesse adiantando as cenas de um filme, você veria que as estrelas se movem juntas no céu, acompanhando um ponto fixo.



É possível capturar o movimento das estrelas ao longo de minutos e até de horas em fotos de longa exposição (Imagem: Reprodução/twenty20photos/Envato)


Parte deste movimento se deve à rotação da Terra, de aproximadamente 24 horas. Conforme nosso planeta gira sobre seu próprio eixo, indo da direção leste para a oeste, vemos as estrelas "acompanhando" este movimento, parecendo nascer e se pôr nestas mesmas direções. O resultado disso é que, dependendo de onde você estiver, nem todas podem ser vistas no céu.

Por exemplo, se você observar o céu em algum dos polos, verá as estrelas se movendo sem nunca se pôr ou nascer. Já no equador, todas as estrelas nascem na direção leste, seguem em linha reta pelo céu e se põem na direção oeste; por outro lado, ali não é possível observar as estrelas circulando os pólos, porque a Terra bloqueia a visão delas.

Vale lembrar que as mudanças de posição das estrelas se aplicam somente à nossa perspectiva — tanto que há estrelas que parecem ter posições tão permanentes que são conhecidas como "estrelas fixas". Apesar do nome elas estão se movimentando, mas este movimento é tão lento que causa mudanças mínimas em suas posições relativas no céu, imperceptíveis para nós.


Satélites

Se você estava observando o céu e, subitamente, notou um ponto brilhante se movendo rapidamente, enquanto as estrelas ao fundo seguem fixas, pode muito bem ter visto um satélite artificial. 

Hoje, há milhares deles na órbita terrestre realizando funções variadas, que vão desde observações do espaço até o fornecimento de serviços de internet. Assim, com tantas unidades, é perfeitamente possível encontrar algum deles no céu.

Apesar de refletirem a luz do Sol, a maioria deles é pequena ou não brilha o suficiente para permitir observações a olho nu. Por outro lado, existem satélites com dimensões maiores, orbitando a Terra a altitudes baixas o suficiente para conseguirmos vê-los se movendo em alta velocidade — há satélites tão próximos do nosso planeta que levam menos de um dia para completar uma volta ao redor dele!


Satélites Starlink, da SpaceX, cruzando o céu sobre um observatório no Havaí (Imagem: Reprodução/NSF’s National Optical-Infrared Astronomy Research Laboratory Gemini Observatory)


Por isso, se você passar algumas horas acompanhando uma única região no céu, pode até conseguir ver os mesmos satélites aparecendo várias vezes.

 Estes dispositivos não são motivo para preocupações em nosso cotidiano, mas no caso da astronomia, a situação é bem diferente. É que, com a quantidade crescente de constelações de satélites lançadas, a comunidade astronômica teme os efeitos causados nas observações de objetos distantes.

Parte das preocupações se deve à altitude dos satélites, que faz com que se movam rapidamente pelo céu. Durante o amanhecer e entardecer, momentos em que o Sol está baixo no horizonte, estes objetos refletem a luz e aparecem como rastros luminosos nas imagens feitas pelos telescópios. 

Outro problema é que há satélites cujos transmissores podem afetar as frequências usadas por radiotelescópios.

Como diferenciar estrelas, planetas e satélites com apps

Há aplicativos que podem ajudar na hora de diferenciar estrelas, planetas e outros objetos no céu. Além de serem uma ótima porta de entrada para quem está curioso para aprender mais sobre o universo, estes aplicativos contam com recursos interessantes e informativos, que tornam o céu mais compreensível.

Confira alguns aplicativos para smartphones para conhecer os objetos no céu:

1- Star Chart/Carta Celeste

O app Star Chart oferece recursos de realidade aumentada (Imagem: Captura de tela/Danielle Cassita)

Descrito como o principal aplicativo educativo e de realidade aumentada na astronomia, o Star Chart (ou Carta Estelar) é uma ferramenta gratuita que te oferece uma carta celeste na tela do seu smartphone, definida de acordo com a sua localização.

Para utilizá-lo, é só apontar o dispositivo para o céu. Em seguida, o app indica os objetos visíveis, calcula a localização atual das estrelas, planetas e luas visíveis da Terra e mais.

O Star Chart está disponível para iOS e Android.

2- Stellarium

Imagem da versão web do Stellarium; o app permite buscar objetos, mostra informações sobre eles e mais (Imagem: Captura de tela)

O Stellarium é um app de uso bem simples: é só apontar o dispositivo para o céu e aguardar alguns segundos para identificar estrelas, constelações, satélites e mais. Este app oferece um modo noturno para preservar a adaptação dos olhos à noite, e traz também simulações de visualizações do céu em qualquer local ou horário.

O Stellarium está disponível para dispositivos Android, iOS e em uma versão web.


Ficou curioso e quer explorar o céu noturno? Seja com o auxílio dos aplicativos ou telescópios, você vai precisar de uma trilha sonora envolvente para acompanhar e essa eu asseguro que trago a melhor para você:

A primeira música é uma das mais lindas que conheço. Rock And Roll Lullaby, lançada em 1972, é o maior sucesso de B. J. Thomas. Se quiser conhecer  os detalhes da canção é só clicar aqui: 👉 http://bit.ly/RockandRollLullaby


A segunda canção é uma viagem que lhe causará forte 
emoção:  "Brivido" da cantora Mersia. Acompanhe os pontos brilhantes ao longo da canção...

Mersia é uma cantora brasileira que canta em italiano  e que estreou em 1968 com um álbum cantado em português e lançado apenas no Brasil. Gravou dois álbuns e 7 singles em italiano e pelo menos 2 singles para o mercado francês.



4 comentários:

  1. É uma pena que eu moro em São Paulo, luz artificial não dá para enxergar nada, quando 07 anos morava em Bastos-SP enxergava tudo, Rock and Roll Lullaby foi uma grande sucesso, considerado aqui no Brasil em 1972 melhor música do ano, Mersia Brivido na canção que eu entendi que ela prefere a morte e ficar junto com as fadas, pudera até eu prefiro a morte se existe outra vida além desta, Quanto ao David Bowie que eu entedi que os homens do espaço diz para dar mais liberdade para crianças.

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    1. Olá, seja muito bem-vindo ao Sol & Sal!!
      Que bom que gostou do artigo, sou fascinada pelos astros, estrelas, planetas, via-Láctea! A energia do universo é pulsante e vibrante e é maravilhoso quando podemos passar essa força para o mundo da escrita e das imagens! Parece que ficamos mais perto dessa luz infinita!
      Fico por demais feliz que tenha ouvido as canções e tirado ao conclusão de cada uma delas! É incrível como a música nos auxilia a compreender o universo!!
      Seja sempre bem-vindo e deixe o seu nome aqui quando puder!!
      Abraços e ótimo final de semana!!

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  2. Oi, Dri.
    Menina, você trocou de profissão? Sim, pois consegui acessar (e comentar) o Natureza, e encontrei por lá uma matéria fantástica sobre N. S. da Penha e o convento, e agora, outra matéria completíssima aqui, no Sol&Sal. Tá trabalhando como jornalista?
    Comentar algo sobre o BJ Thomas é chover no molhado. A música é disparada uma das mais belas de todos os tempos, e a edição está fantástica, assim como a do D. Bowie, que já tive a oportunidade de comentar em outra publicação sua. Já quanto a Mersia, confesso, envergonhado, que não conhecia. Preciso pesquisar um pouco para saber o que dizer, mas a edição ficou um espetáculo. E se não cuidar, as imagens acabam hipnotizando a quem assiste. Show.
    Agora, menina, quanta informação. Para quem olha de forma fortuita para o céu, só verá pontos cintilantes, mas é um universo inteiro, e recheado de coisas diferentes para serem vistas. Infelizmente, de onde estou vejo pouquíssima coisa. Área urbana não colabora muito para tal coisa, ainda mais Curitiba e o eterno céu nublado que nos persegue. Excelente matéria.
    Dri, um lindo fim de semana pra ti. Abraços, menina.

    Marcio

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    Respostas
    1. Olá Márcio, querido amigo!! Me perdoe a demora em responder ao seu incrível comentário, mas é que na semana do meu aniversário eu fiquei mais afastada das redes para reflexão sobre tudo o que aconteceu comigo no ano que passou e me isolei para guardar energia para o próximo ano de aniversário....rsrs E como o meu aniversário coincidiu com um eclipse solar híbrido super temeroso ( 20 de abril) então estou um pouco mais concentrada, guardando a energia necessária para começar a agir, porque é um ano de mudanças!

      Fico muito feliz que goste das matérias que escrevo, a do Convento da Penha foi muito legal porque tudo lá observei "in loco" e fica ainda mais fácil de escrever. A lendas do local fui pesquisando ao longo dos anos e por incrível que pareça, a cada ano descubro algo diferente e inédito. Mas as descobertas deste ano vou inserir no meu próximo post que menciona as lendas do Espírito Santo. Tem cada uma de arrepiar amigo!!
      Sabe a canção da Mersia? Eu também fiquei hipnotizada pela música e por isso que procurei imagens bem místicas para que correspondessem à canção. Como é difícil encontrar algo que se adeque aos nossos pensamentos né amigo?
      Agradeço o carinho de sempre e a presença sempre gentil Marcio!
      Aproveito par desejar um excelente feriado!!

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